quinta-feira, 26 de maio de 2011

Feitios...

Sobre a forma de ser dos Saloios, escrevia no princípio do século XX Alfredo Mesquita:

"Deixem-nos sempre vê-los como ainda os vemos, subindo a Calçada de Carriche, sobre os seus burrinhos (...). Deixem-nos vê-los sempre como ainda OS VEMOS, DESATRELAR O GADO DAS CARROÇAS À PORTA DAS ESTALAGENS (...) e depois espalharem-se pelas ruas e travessas, embasbacados diante das montras de ourives na rua nova da Palma, na tentação irresistível dos cordões e correntes de ouro, apalpando as fazendas penduradas à porta das lojas da rua dos Fanqueiros, considerando a grossura das solas e a flor do cabedal das botas que só para eles se vendem ali ao Arco do Marquês do Alegrete, ou parados, de boca aberta, no largo de S. Domingos, a entreter-se com o palavreado dos charlatães que tratam de vender os seus sabonetes para tirar nódoas e os seus frasquinhos de remédios contra as dores de dentes, e que TODA A GENTE CAI EM COMPRAR MENOS O SALOIO!!..."

Os historiadores afirmam que os saloios são descendentes dos muçulmanos que D. Afonso Henriques encaminhou para o termo.
Os actuais frequentadores da mesquita são muçulmanos, mas os seus antepassados que aqui habitaram parece que eram mais cautelosos!

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