Afinal o Mosteiro de Odivelas não vai abrir.
Como é do conhecimento público um grupo de cidadãos ('Pensar Odivelas') promoveu uma Petição Pública para a abertura ao público aos Sábados, Domingos e feriados do Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo (Mosteiro de Odivelas), que recolheu mais de 6.400 subscritores.
Esta causa tornou-se um Desígnio Municipal porque muitas das mais de 1000 pessoas que a subscreveram pela internet são Odivelenses e a quase totalidade das restantes assinaturas foram recolhidas, nas ruas do Concelho.
Esta Petição foi entregue na Assembleia da República no passado dia 1 de Abril de 2011, subiu à Comissão de Cultura, Ciências e Educação que, depois de ouvir os quatro primeiros subscritores no passado dia 23 de Agosto, emitiu um relatório que a considera de enorme pertinência e importância para a Cidade e para o Concelho. Esta Petição irá ser brevemente discutida em plenário da Assembleia da República, onde se aguarda voto favorável de uma recomendação ao Governo no sentido de se cumprir a vontade legítima dos odivelenses.
Enquanto este processo se desenrola, a Câmara Municipal de Odivelas negociou um protocolo para ser assinado nas comemorações do aniversário do Rei D. Dinis que prevê - somente - a realização de visitas guiadas em dois Domingos por mês, entre as 15 e as 17 horas, naturalmente com a necessidade de marcação prévia.
O acordo determina, ainda, que as visitas só podem ser feitas por grupos de 25 pessoas o que antevê o máximo de 50 visitas em cada um dos Domingos.
Perante as notícias vindas a público, que dão conta que o Mosteiro de Odivelas vai abrir ao público ao 1º e 3º Domingo de cada mês, entre as 15 e as 17 horas, pelo acima exposto, cumpre-nos comunicar que:
1º) Este acordo não acrescenta nada, a não ser em contrapartidas, ao protocolo assinado em 2001 e que vigorou até 2009;
2º) Este acordo não prevê uma efectiva abertura do Mosteiro, apenas permite a realização de visitas previamente marcadas;
3º) O estabelecido neste acordo apenas permitirá 100 visitantes por mês, que representam 1.200 por ano, ou seja, para que os cerca de 150.000 odivelenses visitem o Mosteiro serão precisos mais de 100 anos;
4º) Se revela desastrosa a decisão da Câmara em fazer um percurso paralelo, sem que tivesse coordenado com este movimento de cidadãos subscritores da Petição Pública;
5º) A omissão que a C.M. de Odivelas fez à Comissão Parlamentar da Assembleia da República relativa ao conteúdo deste acordo e às eventuais dificuldades que encontrou para cumprir este desígnio, foi de uma inabilidade total;
6º) A Câmara Municipal de Odivelas ao não ter suspendido as negociações, porventura com a ânsia de protagonismo nas comemorações do aniversário do Rei D. Dinis, aguardando pela conclusão de todo o processo em sede de Assembleia da República, mostrou uma total inépcia negocial;
7º) Ao agir desta forma egoísta, a Câmara Municipal de Odivelas contrariou claramente a vontade da população de Odivelas e também revela uma deficiente gestão dos dinheiros públicos ao negociar algumas contrapartidas sem custos estimados como o da recuperação do túmulo de D. Dinis, uma obra que não tem projecto nem cabe ao Município a autoridade de realizar uma intervenção deste nível, aliás de grande complexidade;
8º) Não desistiremos desta batalha e continuaremos a fazer todas as diligências no sentido de conseguirmos cumprir esta legítima vontade dos Odivelenses.
Odivelas, 15 de Setembro de 2011.
Pensar Odivelas
Quando o Vereador da Comissão Instaladora, Sr. Carlos Lourenço, depois de assinado o protocolo com a Directora de então, Dr.ª Margarida de Raymont, programou as visitas, convidou o Presidente, Dr. Manuel Varges, todos os Vereadores e Presidentes de Junta para a 1.ª visita. Fez-me a honra de me convidar para guiar a visita, convite que aceitei com prazer.
ResponderEliminarNão sei se convidou alguém mais, mas havia mais algumas pessoas presentes.
A Câmara fazia a recepção aos novos funcionários oferecendo-lhe um almoço, depois do qual iam conhecer o mosteiro. Fui sempre convidada a guiar essas visitas e sempre aceitei, porque tal como eles, considerava que não havia melhor forma de receber quem vinha trabalhar para este município.