quarta-feira, 13 de abril de 2011

Prestar contas

Os egípcios estão a pedir contas. Mubarak era poderoso! Mubarak era rico! Mubarak nunca pensou que poderia perder o poder e a riqueza. Mubarak nunca suspeitou sequer que alguém teria a veleidade, o atrevimento, o arrojo, de lhe exigir contas do seu governo. Mas o impensável aconteceu. Está preso. Estão presos os filhos. Se é culpado, se as contas revelarem desvios prejudiciais ao Estado, de que lhe valerá ter tido poder? Só terá salvação, se as acusações que lhe fazem não se vierem a provar. O poder e a riqueza foram os seus inimigos mais perigosos. Por uns anos de poder, perdeu tudo e tem à sua frente dias muito incertos. Valeu a pena? Em casos como estes, discordo do poeta. Não, não valeu a pena. E também aqui não se aplica a máxima de D. Luísa de Gusmão. Pelo contrário, sou de opinião que vale mais ser pobre e honrado toda a vida.

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