Maria Máxima Vaz fez uma intervenção na qual não conseguiu esconder a sua enorme admiração por D. Dinis e encantou todos, tendo surpreendido pela positiva todos os que nunca a tinham ouvido.
“D. Dinis foi o 1º Rei a nascer em Lisboa e isso aconteceu no dia em que a igreja comemora o nascimento de S. Dinis, sendo esta a razão de ser do seu nome.
Foi essencialmente poeta, um grande negociador, um homem com grande visão e uma enorme capacidade de exercer a justiça. A forma como geriu as relações com a Santa Sé, com Castela e Aragão foi absolutamente genial. D. Dinis foi no seu tempo um dos mais influentes Chefes de Estado, ao ponto da Santa Sé o escolher para mediar alguns conflitos existentes à época.
A sua deslocação a Salamanca acompanhado por mil nobres, optando por acampar, em vez de ficar albergado nos Castelos que lhe tinham sido cedidos por Castela, testemunha bem o seu forte carácter.
Fala-se muito da infidelidade deste Rei, não sei porque se referem tanto a D. Dinis, quando tantos houve que fizeram o mesmo, mas notem:
- Quando D. Dinis casou com 19 anos, D.ª Isabel tinha apenas 11, era uma criança. Teve o primeiro filho, uma rapariga aos 19 anos e o segundo, o rapaz que era necessário, um ano depois, pelo que podemos ser levados a concluir que D.ª Isabel não tinha problemas de fertilidade. A verdade é que a partir daí, depois de ter o príncipe herdeiro, nunca mais voltou a ter nenhum filho.
- Santa Isabel tinha muitas afinidades com os Cátaros, povo que procurava a pureza e o BOM, pelo possivelmente optou por uma vida muito religiosa e dedicada ao auxilio dos mais desfavorecidos.
- Para fazer de Dona Isabel uma Santa, que é, não é preciso fazer de Dom Dinis um vilão, porque ele era um homem bom e justo.”
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